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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Museu da Ametista, no Rio Grande do Sul... Mostra diversas informações interessantes da mineração de geodos de ametista. Há visita virtual, legal para ver!

http://www.ametistaparque.com.br/

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A Mina Naica e os cristais gigantes do México

Fonte: http://www.trilhaseaventuras.com.br/atividades/materia.asp?id_atividade=11&id=179

A mina de Naica, no México, é conhecida pelos seus cristais extraordinários. Em grutas gigantes os exploradores encontraram cristais de selenite com um metro de diâmetro e quinze metros de comprimento. Conhecida como a Gruta dos Cristais Gigantes, encontra-se a 305 metros de profundidade. Os cristais são resultado da emanação hidrotérmica das camadas magmáticas inferiores.



Nesta época em que poucos acontecimentos nos assombram, a natureza nos brinda com uma extraordinária e única oportunidade para admirar, conhecer e proteger, um local excepcional, uma maravilha única de nosso planeta por sua grande beleza, valor geológico e científico: as Grutas de Naica, localizadas numa área de exploração Mineral, no estado de Chihuahua ao norte de México.



Essas grutas, com temperatura de até 60° C e umidade de 100%, o berço dos cristais gigantes! Uma floresta de cristais, os maiores do Planeta. Um lugar além da imaginação, além de qualquer sonho...




Cristais naturais, os maiores da terra, foram descobertos em duas cavernas de uma mina da prata e zinco, em Naica, estado de Chihuahua, México. Alcançando comprimentos de até 14 metros, os cristais facetados são composto de selenita, um tipo de gesso translúcido, cristalino.
Os maiores cristais de Selenita do mundo!



 
Uma das maiores jazidas de zinco e prata do mundo, as minas de Naica, no México, está trabalhando para que os seus cristais extraordinários sejam conhecidos. Nelas, existem grandes câmaras a vácuo, onde foram encontrados cristais de selenita (gipso) gigantes, medindo de 3 a 4 metros de diâmetro e de 11 a 14 metros de altura. A câmara que abriga estes cristais ficou conhecida como "A Gruta dos Cristais Gigantes" e localiza-se aproximadamente a 290 metros abaixo da rocha de pedra calcária da mina. Os cristais foram formados pelos líquidos hidrotermais que emanaram das câmaras de magma abaixo. A caverna foi descoberta quando os mineiros estavam perfurando a falha de Naica, preocupados que a mina fosse inundada. "A Gruta das Espadas" é uma outra câmara na mina de Naica, contendo cristais similares.




Em abril de 2000, os irmãos Eloy e Javier Delgado encontraram o que peritos acreditam ser os maiores cristais do mundo, ao explodirem um novo túnel, a quase 300 metros abaixo da mina de prata de Naica, em Chihuahua do sul. Eloy, que tem quarenta anos de idade, escalou uma pequena abertura entre as rochas, até atingir a caverna, bloqueada com cristais imensos! "Era bonito, como a luz refletida por um espelho quebrado", disse ele. "A visão dos cristais translúcidos entrelaçados uns sobre os outros, era fantástica! Como se estivessem ali apenas aguardando que lhe examinassem o peso e a substância". Um mês depois, uma outra equipe de mineiros de Naica, encontrou uma caverna maior, ao lado da primeira.



Segundo Fisher, os proprietários da mina e o governo local, esperam evitar a remoção de peças dessa descoberta, para exposições em museus ou coleções particulares.
Atualmente, a companhia de mineração limitou a visitação das cavernas aos peritos e cientistas. Caçadores de minerais destruíram passagens e quebraram as câmaras por duas vezes, desde que foram descobertas. Além do calor, o ambiente é perigoso. De acordo com o Fisher, um minerador tentava levar um cristal gigantesco para fora, quando um outro caiu e o matou.
Quando a extração dos minérios de Naica já não for viável, a mina será fechada e as cavernas serão submergidas - e os cristais começarão a crescer outra vez.




A cidade de Chihuahua é a capital do estado mexicano de Chihuahua, com uma população de aproximadamente 748.551. A atividade predominante é a industrial.
A mina de Naica encontra-se a 100km ao N.E.
Chihuahua, México, lar de duas cavernas quentes que contêm os maiores cristais naturais do mundo... O primeiro cristal de selenita retirado da caverna para estudos, tem 11 metros de comprimento e pesa 55 toneladas.

A ciência explica

Os cientistas acreditam poder explicar a razão pela qual os cristais de gesso encontrados perto da cidade de Chihuahua, no norte do México, chegam a alcançar mais de 11 metros de altura.
Analisaram pequenas quantidades de fluido contido nos cristais e descobriram que a solução se manteve durante muito tempo dentro de uma faixa de temperaturas muito estreita e estável. As duas grutas estudadas - dos Cristais e das Espadas - encontram-se no complexo mineiro de Naica, um dos mais importantes depósitos de prata e chumbo do planeta.
Com 290 metros de profundidade, a gruta dos Cristais exibe estruturas que chegam a medir mais de 11 metros de altura. Descoberta no ano 2000, a cavidade é uma das maravilhas naturais do México. Já a gruta das Espadas, descoberta em 1912, encravada a 120 metros de profundidade, tem um volume maior de cristais, mas as estruturas chegam a apenas um metro de altura. As conclusões da pesquisa foram publicadas na revista científica "Geology".
As estruturas são compostas por sulfato de cálcio hidratado, geralmente quebradiço e de cor branca, formado junto com outros minérios há mais de 20 milhões de anos, resultantes da actividade vulcânica.
Por causa de fluidos quentes injectados nas cavidades das rochas, este sulfato tomou a forma de anidrite, que tem a mesma fórmula química do gesso, mas sem água. Quando a camada profunda de magma sob a montanha de Naica arrefeceu, a temperatura dos fluidos baixou a um ponto que permitiu à anidrite converter - se em gesso.
Como a gruta dos Cristais está a uma profundidade maior que a das Espadas, a temperatura manteve -se apenas um pouco abaixo da temperatura de transição por centenas de milhares de anos. "As condições eram perfeitas. Se a temperatura se mantém a pouco menos de 58 ºC durante muito tempo, formam-se cristais muito grandes", disse um dos pesquisadores, Juan Manuel García Ruiz, da Universidade de Granada, em Espanha.
Já na gruta das Espadas, a temperatura caiu abaixo do ponto de transição com muita rapidez, o que gerou mais cristais, mas de um tamanho menor. O gesso cristalizado toma a forma de selenita, conhecida por sua transparência.

http://www.youtube.com/watch?v=9k22meEcTBM&feature=player_embedded

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

INTRODUÇÃO À MINERALOGIA

* Extraído do Material Didático de Mineralogia desenvolvido pelo Prof. Dr. Antenor Zanardo (DPM/IGCE/UNESP RIO CLARO).

    No planeta Terra (e em outros corpos celestes) a matéria (formada por elementos químicos) é encontrada de forma ordenada, de acordo com leis naturais, formando os minerais e mineralóides, substâncias estas que constituem as rochas, sedimentos e solos. Estes materiais são utilizados pelo homem de diferentes maneiras e com diferentes objetivos, portanto, para um perfeito entendimento do nosso planeta, bem como do universo, necessitamos de conhecimentos básicos de mineralogia.

    Para entendermos a mineralogia necessitamos ter certa noção de que a massa, no universo, apresenta-se de duas formas básicas: como radiação (fótons) e como matéria. A massa constituída por átomos apresenta-se em três estados físicos de agregação: gasoso, líquido e sólido. O estado físico de uma matéria varia de acordo com as condições do meio em que se encontra, sobretudo, temperatura e pressão, podendo ocorrer, independentemente de sua composição química, nos três estados físicos colocados acima, a exemplo da água.

     A mineralogia, como ciência, surgiu no âmbito da disciplina que desde o Renascimento até ao início do século XX foi conhecida por História Natural. Os minerais eram vistos como parte dos produtos da natureza, e a sua diversidade, e o conhecimento de que eram os blocos constituintes das rochas, levou a que considerável esforço fosse dedicado à sua coleção, catalogação e nomenclatura, seguindo de perto os esforços taxonômicos desencadeados nos diversos ramos da Biologia.

   A primeira abordagem científica autônoma da mineralogia surgiu com Georg Bauer (1490-1555), um humanista e homem de ciência da Saxônia, que latinizou o seu nome para Georg Agricola, que, a partir da observação dos produtos da mineração alemã, iniciou a sistematização do conhecimento dos minerais. É por isso justamente conhecido como pai da mineralogia.

   A partir daí, o interesse pela mineralogia expandiu-se rapidamente. Cerca de um século depois já era comum, nas cortes européias e nas nascentes academias de ciências, existirem Gabinetes de Mineralogia, onde extensas coleções de minerais eram mantidas e estudadas.

   O passo seguinte deu-se com os avanços na cristalografia, nos quais assume particular relevo o postulado dos índices racionais por René Just Haüy e todos os desenvolvimentos teóricos que esta descoberta desencadeou. No século XX, com a disponibilização de técnicas como a difração de raios X, de nêutrons, elétrons, entre outras, foi possível estudar a estrutura atômica dos minerais, fazer cálculos e obter modelos tridimensionais do arranjo atômico, bem como do comportamento físico dos minerais ou cristais.

   Com isso, a mineralogia abandonou a sua visão puramente taxonômica e cristalográfica, para se diversificar em múltiplas áreas da Química e da Física, com destaque para os campos vulgarmente designados por ciência dos materiais, química inorgânica e física do estado sólido. Esse conhecimento tem possibilitado o perfeito entendimento da arquitetura da matéria, aspecto essencial para o perfeito aproveitamento dos recursos naturais, bem como para o desenvolvimento de produtos e processos que contribuem para o bem estar da humanidade.

    A título de exemplo, a determinação precisa das propriedades elásticas e de resistência à degradação dos minerais possibilitou uma melhor compreensão do comportamento mecânico das rochas, aspecto que possibilitou obter informações mais precisas sobre os terremotos, inclusive cálculos precisos (foco dos terremotos, propagação das ondas sísmicas, etc.). Estes dados contribuíram efetivamente para conhecimento da estrutura e dinâmica do planeta, bem como para a tentativa de prever catástrofes naturais, terremotos, vulcanismo e suas causas.

    A preocupação taxonômica que dominou a maior parte da história da mineralogia, e que ainda é importante na comunidade científica, levou ao surgimento da Associação Mineralógica Internacional (IMA), uma federação das organizações representativas dos mineralogistas nos diversos países e regiões. As suas atividades incluem o registro e controle dos nomes dos minerais (através das Comissões de Novos Minerais e de Nomenclatura Mineral), a garantia de localização, acessibilidade e registro do espécime tipo utilizado para a descrição dos minerais conhecidos, e outras tarefas destinadas a garantir a homogeneidade das designações e a fidelidade das descrições.

    Atualmente estão validadas pela IMA mais de 4000 espécies de minerais. Destes, cerca de 150 são considerados comuns (quartzo, feldspatos, moscovita, talco, biotita, calcita, etc.), outros 50 são ocasionais (ouro, molibdenita, prata, etc.) e os restantes considerados raros ou extremamente raros. Alguns minerais, como o quartzo, feldspatos, zircão e apatita apresentam uma vasta distribuição geográfica e petrológica, enquanto outros ocorrem de forma muito restrita, sendo que a maioria dos espécimes descritos foi encontrada em poucas amostras, provenientes de locais específicos do planeta, conhecidas somente por alguns pequenos cristais.



  

Orientações Gerais sobre o Blog

Nas próximas semanas estarei atualizando o blog, com o conteúdo das aulas ministradas, textos de apoio, curiosidades sobre aspectos da mineralogia, dicas de links e também sobre os trabalhos desenvolvidos na Geologia e Engenharia de Minas. O Título da Postagem indicará o tipo de conteúdo. Avisos específicos para as turmas serão destacados!

Boas Vindas Segundo Semestre 2010

Desejo dar as boas vindas aos alunos que estão cursando, neste segundo semestre do ano, a Diretiva de Mineralogia. Será um prazer guiá-los no aprendizado dos conceitos básicos de Cristalografia e Mineralogia!

Qualquer dúvida ou sugestão, favor escrever para
carolina.roveri@unifal-mg.edu.br